sexta-feira, 26 de julho de 2013

TUDO MUDOU!












LIMITES


Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos os erros de nossos progenitores.


E com o esforço de abolir os abusos do passado, somos os pais mais dedicados e compreensivos, mas, por outro lado, os mais bobos e inseguros que já houve na história.

O grave é que estamos lidando com crianças mais "espertas" do que nós, ousadas, e mais "poderosas" que nunca!

A constatação trazida pelo artigo que circula pela Internet é deveras interessante, e vale a pena ser estudada.

Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ter, passamos de um extremo ao outro.

Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais, e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos.

Os últimos que tiveram medo dos pais e os primeiros que temem os filhos.

Os últimos que cresceram sob o mando dos pais, e os primeiros que vivem sob o jugo dos filhos.

E o que é pior, os últimos que respeitaram os pais e os primeiros que aceitam que os filhos lhes faltem com o respeito.

À medida em que o permissível substituiu o autoritarismo, os termos das relações familiares mudaram de forma radical, para o bem e para o mal.

Com efeito, antes se consideravam bons pais aqueles cujos filhos se comportavam bem, obedeciam a suas ordens e os tratavam com o devido respeito.

E bons filhos, as crianças que eram formais, e veneravam seus pais, m
as, à medida que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram se desvanecendo, hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, ainda que pouco os respeitem.

E são os filhos que, agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem as suas idéias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver.

E, além disso, que os patrocinem no que necessitarem para tal fim.

Quer dizer; os papéis se inverteram. Agora são os pais que têm que agradar a seus filhos para "ganhá-los" e não o inverso, como no passado.

Isto explica o esforço que fazem hoje tantos pais e mães para serem os melhores amigos e  "darem tudo" a seus filhos.

Dizem que os extremos se atraem.
Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais, a debilidade do presente os preenche de medo e menosprezo, ao nos verem tão débeis e perdidos com eles.

Os filhos precisam perceber que, durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter, e de guiá-los enquanto não sabem para onde vão.


Apenas uma atitude firme, respeitosa, lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores.

Vamos à frente liderando-os e não atrás, carregando-os, e rendidos à sua vontade.


É assim que evitaremos que as novas gerações se afoguem no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros nem destino.

Os limites abrigam o indivíduo. Com amor ilimitado e profundo respeito.

Texto: Mônica Monastério (Madrid-Espanha)

Publicado no Portal da Família em 28/01/ 2008

*     *
Allan Kardec, na questão 208 de O livro dos espíritos, pergunta: O Espírito dos pais tem influência sobre o do filho após o nascimento?
Há uma influência muito grande - respondem os Espíritos - como já dissemos, os Espíritos devem contribuir para o progresso uns dos outros.
Pois bem, os Espíritos dos pais têm como missão desenvolver o de seus filhos pela educação. É para eles uma tarefa: se falharem, serão culpados.
Redação do Momento Espírita com 
base em texto recebido pela internet, 
atribuído a Mônica Monastério, e no 
item  208 de O livro dos Espíritos, de 
Allan Kardec, ed. Feb.
Em 23.05.2008.



Uma ótima 6ª f e excelente final de semana  todos.
Beijos!



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