Chega uma hora, uma bendita hora, em que acontece algo que, embora não aparente de imediato, pode ser a melhor notícia da temporada, a mais promissora, desde que não nos estreite os olhos, nem congele o coração: a gente se cansa.
De algumas coisas. De um monte delas. Das ilusões.
De se apertar pra caber em autoimagens que, na maioria das vezes, não têm nada a ver com a gente. Cansa de ficar à mercê da felicidade que parece acontecer só de fora pra dentro.
Nem todo cansaço é ruim.
Há cansaço que destranca. Há cansaço que liberta. Há cansaço que é quase descanso, um pouquinho só dali. Há cansaço que é lume, depois de tanto suposto incansável breu. Há cansaço que cria espaço para harmonizarmos nossos passos com o caminho da nossa alma outra vez, o ego momentaneamente vencido. Há cansaço que sorri para as nossas dores, conhecedor da mágica capaz de fazê-las afrouxar: soltar.
Nem todo cansaço é ruim.
Há cansaço que cria intervalos preciosos, férteis de transformação. Há cansaço que nos torna mais parecidos com nós mesmos, de novo ou pela primeira vez, e mais próximos do lugar em nós onde pulsa o que nunca se cansa. Há cansaço que nos leva ao instante, em que, exaustos, reverenciamos a vida e dizemos para ela mais ou menos assim:
- Entrego o meu cansaço, farta de perceber que, por mais que eu tente, não tenho controle com relação a tudo àquilo que, de verdade, importa. Eu me rendo à sua sabedoria, que me habita, embora tantas vezes eu esqueça. Por favor, me ensina a simplesmente fluir com você. Por favor, me ensina a simplesmente fazer florir as sementes que você me confia. Por favor, me ensina a simplesmente ser.
De preferência, sem muito cansaço.
De algumas coisas. De um monte delas. Das ilusões.
De se apertar pra caber em autoimagens que, na maioria das vezes, não têm nada a ver com a gente. Cansa de ficar à mercê da felicidade que parece acontecer só de fora pra dentro.
Nem todo cansaço é ruim.
Há cansaço que destranca. Há cansaço que liberta. Há cansaço que é quase descanso, um pouquinho só dali. Há cansaço que é lume, depois de tanto suposto incansável breu. Há cansaço que cria espaço para harmonizarmos nossos passos com o caminho da nossa alma outra vez, o ego momentaneamente vencido. Há cansaço que sorri para as nossas dores, conhecedor da mágica capaz de fazê-las afrouxar: soltar.
Nem todo cansaço é ruim.
Há cansaço que cria intervalos preciosos, férteis de transformação. Há cansaço que nos torna mais parecidos com nós mesmos, de novo ou pela primeira vez, e mais próximos do lugar em nós onde pulsa o que nunca se cansa. Há cansaço que nos leva ao instante, em que, exaustos, reverenciamos a vida e dizemos para ela mais ou menos assim:
- Entrego o meu cansaço, farta de perceber que, por mais que eu tente, não tenho controle com relação a tudo àquilo que, de verdade, importa. Eu me rendo à sua sabedoria, que me habita, embora tantas vezes eu esqueça. Por favor, me ensina a simplesmente fluir com você. Por favor, me ensina a simplesmente fazer florir as sementes que você me confia. Por favor, me ensina a simplesmente ser.
De preferência, sem muito cansaço.
Ana JácomoBeijos!