quarta-feira, 9 de março de 2011

E agora,acabou a folia?




 Algumas pessoas devem estar mais tristes hoje, umas por efeito químico da ressaca. Outras pelo pensamento que a possibilidade de felicidade por quatro dias acabou.

Não há o que se dizer sobre o que seria felicidade na cabeça de cada um. Mas, com certeza, não é o que vemos manifesto em muitos foliões no Carnaval, que tem outro nome: euforia.
Existem pessoas que gostam do Carnaval e, de uma maneira interessante, algumas apostam que tudo tem que acontecer (de bom) nestes poucos dias.

O que seria esse tudo?

A festa da carne e da bebida, da folia e da brincadeira, mas acima de tudo da fuga da realidade. Não há nada no Carnaval que vá transformar o mundo de cada um, por mais ousado que seja o folião e por mais que possa ter aprontado, em prol dessa tal diversão. Agora ele se apresenta de novo ao senhor de todos os segredos e dores. Ele mesmo!

Então era ilusão? Assim como toda e qualquer fuga momentânea da realidade, e as drogas são um exemplo claro disso, a alienação desesperada só aumenta a dor do reencontro com a verdade no dia a dia.

Quem, ciente que a quarta feira estava chegando, aproveitou o tempo para relaxar ou traçar planos e metas para uma nova rotina de vida, pode ter saído melhor do Carnaval. Aqueles que buscaram fugir de tudo estão diante de um “tudo” ainda maior, e os que nada deixaram, bom estes devem ter boas lembranças dos bailes de máscaras.

Humano é isso! Estar errando, mudando ou não, não saber o que sente de fato, se está triste por este ou aquele motivo, tentar acertar, errar de novo! Não há uma regra escrita que funcione para todos. Cada um de nós deve desenhar seu próprio parapeito e caminhar sobre ele, mesmo na mais forte ventania.

Ser feliz é algo que se pode começar a construir agora! Não aquela felicidade que tem um “The End” nas letrinhas que sobem, mas uma que é feita de pedaços. Um pedacinho de felicidade por vez, sem tem que esperar até o próximo Carnaval para sentir euforia. Eu quero ser feliz aos pouquinhos e ser sempre, um pouquinho feliz!

João Oliveira - Psicólogo


terça-feira, 8 de março de 2011

Nosso dia!



E É Carnaval... ... ... ... ...!!!!!


 

Nessa época nada mais clichê do que dizer que o carnaval é coisa do diabo, afinal de contas quase todas as religiões falam isso. Mas como entender os milhões de pessoas que buscam nesses momentos uma válvula de escape, nessa procura insana por algo que sabe que precisa, mas não sabe aonde buscar. Desvairados, correm atrás de panacéias como a bebida alcoólica e as drogas. Mascaram suas realidades nos três dias do carnaval, para outra vez se descobrirem insatisfeitos, desiludidos com os seus problemas não resolvidos e até agravados. O povo brasileiro acostumou-se a contentar-se com muito pouco, muito mesmo. E não confundamos isto com a capacidade e a habilidade que Deus nos deu de ser um povo feliz, e achar alegria nas coisas simples, de ser otimista solidário e hospitaleiro.
O carnaval infelizmente é uma grandeza do Brasil, como pode o mundo achar o Carnaval uma loucura, este mundo irracional de Madeleine Albright contra Sadam, de bombas clean contra bombas sujas? É melhor entender o Brasil através do Carnaval, do que ver o Carnaval como um desvio da razão. O Carnaval nos vê. Sua razão perversa nos ensina mais que estas “moralidades críticas”. O Carnaval mostra que o Brasil tem uma forma de “seriedade”, mais alta que a gravidade do mundo. O Carnaval mostra a matéria de que somos feitos, por baixo dessa mímica de “Ocidente” que o Brasil tenta há quatro séculos. Nosso Carnaval mostra que o inconsciente brasileiro está à flor da carne. Quanto mais civilizado o país, mais fundo o recalque. Já imaginaram um Carnaval na Suíça? Talvez o Carnaval seja uma doença salvadora, uma epidemia de delírio de que o mundo precisa, por só conhecer a guerra, a velocidade e o mercado cruel. A “razão perversa” é a razão do Carnaval. Não a perversão como “pecado”, mas como mímica de uma liberdade, como a busca de uma civilização “não civilizada”, de um retorno a uma animalidade perdida e, no entanto, pulsante. Alguma coisa muito profunda está oculta na loucura desses carnavais. Só ali, nas ruas sujas, em blocos ou desfiles estão às três raças brasileiras entrelaçadas na esperança da suruba total, de um casamento grupal doido: negros, brancos e índios dando à luz um grande bebê mestiço e gargalhante que ensine ao mundo que a vida é arte e a lógica careta é a morte. O carnaval, bestial por natureza e essência, a festa da carne, recebe pompas e honras. As “celebridades” querem ser destaques nesta demonstração de irracionalidade. Como podemos aceitar que um país pare e reverencie uma festa como esta, que não traz nada de bom? Comer, beber, pular, fazer sexo (sempre com camisinha, recomenda o Ministério da Saúde). Esta é a expressão máxima de nossa cultura, “os filhos da morte burra”………..irão querer saber se o carnaval é coisa do “ diabo “ ou não??????
“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:2).
Ser cidadão do céu, graças somente a Jesus; isso sim me faz feliz! Elevemos os nossos padrões e não nos contentemos com algo menor do que ser cidadão do céu!  A graça é de graça, porém, custa tudo que você  tem; O seu coração à Jesus. Deus nos abençoe a todos!

OBSERVAÇÃO: No último dia de carnaval, todos saem de suas fantasias para a sua realidade, branco,preto, pobre, rico …….Voltam a sua insana procura por algo para satisfazer seus desejos, enquanto isso DEUS está aguardando a sua vez de ser achado!!!!!

Autor desconhecido

domingo, 6 de março de 2011

Não se vê carnaval como antigamente!



Não sou pessoa saudosista, mas há que se considerar que o carnaval foi sofrendo modificações em sua expressão, e que foi descaracterizando o carnaval de algumas décadas atrás.O pessoal de gerações passadas deve lembrar-se dos bailes de salão, enfeitados e coloridos, com foliões animados envergando suas fantasias e levando a alegria esfuziante para o meio da pista.A marca do carnaval era o entusiasmo e a euforia!Havia todo um ritual de preparação: reuniões animadas para a organização dos arranjos, para providenciar fantasias, garantir a mesa no clube, reservar convites, comprar confete e serpentina.Como diz o ditado: “O melhor da festa, é esperar por ela...”. A preparação que antecedia esta festa popular era motivo de muita alegria, de momentos agradáveis em que, descontraidamente, todos participavam e se divertiam. 

O carnaval de rua era ainda inexpressivo, é verdade, mas as pessoas apresentavam-se à vontade, com fantasias, cantando e brincando, num clima ameno e receptivo. Não havia quase confusão. Era como se todos seguissem as regras ditadas para esses quatro dias, que embora fossem de quebra de alguns interditos, não desprezava direitos estabelecidos.

É claro que o atual contexto político-sócio-econômico do país, em alguma medida, interfere em nossos hábitos e tradições. E o novo formato em que se nos apresenta o carnaval, é produto da modernidade e adequação da cultura vigente. Junte-se a isso a flagrante violência que adentrou a sociedade, rondando todas as situações e lugares.
Normalmente as festas folclóricas de um grupo, retratam a realidade da época em que acontecem, externando os valores que vigoram no momento, na sociedade em questão.
Com a proximidade do carnaval, é aconselhável que se coloquem algumas considerações, evitando surpresas e aborrecimentos.
Portanto, longe de criticar, deve haver sim, um alerta, um toque de responsabilidade entre todos nós.
Lidamos com uma realidade dura, onde se fazem necessários alguns cuidados para que possamos passar pelo carnaval com segurança, conservando o espírito brincalhão.
Das mudanças mais sensíveis que podemos perceber, uma é a violência. Que todo o folião não deixe de brincar no carnaval como programou, mas que observe com critério e zelo a segurança, para que não ocorram episódios desagradáveis e por vezes graves, no decorrer deste período.
Que os jovens se lembrem que a AIDS não sai de cena em feriados e comemorações, que deve se cuidar para que tenha um carnaval alegre, porém que não deixe lembranças tristes quando ele se for!
Que a bebida seja ingerida com moderação, pois é próprio do ser humano exercer a capacidade de pensar e escolher por si mesmo. A bebida, em exagero, rouba-lhe o direito mais precioso; qualquer droga solapa sua liberdade.
Importa que possamos curtir o carnaval como nos convém, mas que nos comportemos de tal sorte que estejamos em segurança, brincando de forma saudável e lembrando que: “Nosso espaço termina, aonde começa o do outro”.
O respeito é a melhor expressão da verdadeira cidadania.
Priscila de Loureiro Coelho