terça-feira, 22 de novembro de 2011

Mais filhos únicos

OnlyChild essentialbaby Mães e pais de primeira e única viagem e os filhos únicos

Dados do IBGE mostram a menor taxa de fecundidade da mulher brasileira nos últimos dez anos, assim como um aumento nos partos de mulheres com mais de 30.
Puxe pela memória. Na sua infância, quantos amigos da escola eram filhos únicos? Poucos, não é mesmo? Agora pense nos amigos do seu filho. Quantos deles têm irmãos? Boa parte, apostamos, é filho único.

Dados divulgados recentemente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na divulgação do Censo 2010, mostram que a
taxa de fecundidade da mulher brasileira caiu para 1,86 filho por mulher em 2010, bem inferior à taxa de 2,38 filhos observada dez anos atrás.

Mudanças sociais e econômicas estão deixando a árvore genealógica nacional cada vez mais enxuta, sobretudo nos grandes centros urbanos. As taxas mais baixas de fecundidade foram observadas nos estados do Rio de Janeiro (1,62 filho por mulher), São Paulo (1,630 e no Distrito Federal (1,69), enquanto a taxa mais alta ocorre no Acre (2,77).


De acordo com o relatório, o declínio dos níveis de fecundidade ocorreu em todas as grandes regiões brasileiras, principalmente no Norte (de 3,16 filhos por mulher para 2,42) e no Nordeste (de 2,69 para 2,01), que possuíam os mais altos níveis de fecundidade em 2000.


Segundo o IBGE, também se notou uma mudança comportamental: começa a cair a participação das mulheres mais jovens (15 a 24 anos de idade) em novos nascimentos, e
cresce a fecundidade entre as com mais de 30 anos, passando de 27,6% em 2000 para 31,3% em 2010.

Os números reforçam uma tendência dos casais que optam por diferentes razões em ter apenas um filho. Dedicar-se, primeiro, aos estudos e à carreira, focar o investimento em uma única criança, ter mais tempo para outras atividades são algumas delas.


A estilista Adriana Fiori, 37 anos, e o marido, o arquiteto Rogério Freitas, 41 anos, fizeram planos para ter apenas um filho. Júlia nasceu há 2 anos quando eles já estavam casados há 5. “Sempre quis ser mãe, mas não queria abrir mão dos estudos e da minha carreira. Quando Júlia nasceu, passei a trabalhar mais tempo em casa, mas agora que ela está na escola, retomei a antiga rotina. Decidimos ter um filho só para poder oferecer o melhor à ele e, ainda assim, manter os meus interesses e do Rogério”, diz.



Para a psicanalista – e filha única - Diana Corso, hoje em dia é muito mais fácil ser mãe de apenas uma criança, assim como é mais fácil ser filho único. “Atualmente, os casais que optam por apenas um filho não são discriminados como há alguns anos. Antes, ter um filho só poderia ser considerado uma vergonha. Não se cogitava que aquela era uma opção do casal, já se pensava em um problema no casamento ou na fertilidade da mulher. Hoje, quando nos referimos a uma família com apenas um filho, não dizemos que eles têm “apenas” um filho, e sim, eles têm um filho”, compara a especialista.

Filho único é mais feliz, diz estudo

As crianças também não saem perdendo. Por muito tempo, os filhos únicos carregaram um estereótipo de crianças mimadas, já que não aprendiam a dividir com seus irmãos. Atualmente, eles têm que
dividir os pais com outros interesses, como o trabalho. Também se dizia que filhos únicos eram mais solitários. “Isso é um mito. Uma relação de amizade entre irmãos é tão rara como o amor entre duas pessoas. Pode acontecer ou não. Ter um irmão significa a possibilidade de um laço, não a certeza”, completa Corso. Mas, se ainda assim, você está preocupada com a educação do seu filho único, veja a seguir algumas dicas que vão ajudá-la nessa tarefa:

Faça uma lista de seus medos (como imaginar que seu filho convive com crianças que são má influência ou o que pode acontecer se ele for sozinho a uma festa) e elimine o que você descobrir que não faz sentido.
Conheça a capacidade de seu filho em diferentes estágios do desenvolvimento. Dê a ele oportunidades para ter aventuras e para fracassar.
Discuta confiança com seu filho. Acredite que o sistema de valores de sua família orientará as decisões de seu filho quando ele crescer.
Deixe seu filho resolver alguns problemas sozinho. Não fique sempre lá para juntar os cacaquinhos.
Saiba que em alguns momentos é importante ceder e deixar seu filho descobrir como agir sozinho.

*Dicas do livro Criando Filho Único (editora M.Books), de Carolyn White
Reportagem tirada da Revista Crescer


E vcs o q pensam sobre isso? 
Minha opção e de meu marido, foi de ter duas.
Beijos!!

Um comentário:

  1. Oi Sandrinha, essa questão de filho único envolve muitas outras questões do que a inserção da mulher no mercado de trabalho, a qualidade e custo de vida mudaram,educar uma criança hoje é muito diferente de há alguns anos, não havia tantas influências negativas para as crianças. Se eu tiver filhos queria pelo menos dois, mas que tudo quero ter sabedoria para educá-los!
    Hoje vivemos a geração de órfãos com pais vivos, sei bem porque trabalhei em escolas!
    Bora participar de um sorteio lá no blog?
    Tem livros bem legais!

    bjs

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